domingo, 6 de novembro de 2011

Marinheiro de olhos verdes

Acorda
Respira o ar que te rodeia, sente a brisa a tocar-te suavemente na face, passando pelos teus cabelos. O ar que te seca os lábios e te obriga a fechar os olhos.
Será que isso te faz pensar? Vais navegando, sem rumo, ao infinito cujo rumo foi escolhido por ti mas percorrido por nós! Porquê? Questiono-me porque é que fui dentro do navio que apenas tu tinhas o perfil de comandante, apenas tu decidias o rumo a tomar, estava tudo nas tuas mãos (...) confiei no teu instinto mas fiquei como que presa no oasis marinho.
Deixaste-me só sem qualquer tipo de oportunidade de decidir o meu caminho. A viagem que era nossa passou a ser apenas tua. Mas o que é um marinheiro sozinho num navio? É ele capaz de prosseguir em viagem sem o seu porto seguro, sem a "tal", sem o motivo do seu sorriso?
A âncora atirada ao mar foi a que me atingiu de certa forma, rude e imprudente. E esse teu ar inspirador, marinheiro, de que vale isso se nem para ti serve? Se conseguires chegar ao destino sozinho, vou ficar feliz pela tua coragem e frieza, pois fizeste-o sem mim. Mas se um dia decidires dar uma volta de 180º não te esqueças que me deixas-te a meio do percurso e dá-me a mão, ajuda-me. Só desta forma vais chegar ao infinito e não cairás no abismo*

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